No ano de 1535, Michelangelo é chamado para mais um trabalho na Capela Sistina. Dessa vez, o encargo era de pintar a cena do Juízo Final na parede às costas do altar.

Essa obra, como o próprio nome já diz, faz uma representação do dia do Juízo Final, que, de acordo com a fé cristã, é o último dia da humanidade. É o dia onde Jesus Cristo volta ao mundo para julgar todos os vivos e os mortos, que dependendo de seu julgamento, subirão ao paraíso ou descerão ao inferno.

São mais de 300 figuras representadas em uma obra que parece ser uma bagunça, mas que na realidade está muito bem organizada.

As figuras são representadas em grupos e subgrupos, que facilitam muito a legibilidade. Além disso, podemos perceber que, de modo geral, as figuras ascendem ao céu na esquerda e descem ao inferno na direita, fazendo uma clara metáfora com uma balança.

Jesus está no centro, sendo a figura principal da composição. Ele aparece sendo um indivíduo poderoso, com um corpo musculoso, que mostra as marcas da tortura que sofreu em sua morte. Ele parece estar furioso.

Ao seu lado está sua mãe, a Virgem Maria, que sempre defendeu a humanidade, e que aparece cabisbaixa, desviando seu olhar, pois sabe que nada mais pode ser feito.